Segunda escola a desfilar na segunda noite de desfiles das escolas de samba do Rio, a São Clemente usou uma passagem da vida do rei francês Luis XIV para ilustrar a rotina da corte da França no século XV. Sob o comando da premiada carnavalesca Rosa Magalhães, a escola fez um desfile correto, com muitas cores e bom acabamento, porém sem o luxo de agremiações mais ricas, como Salgueiro e Grande Rio. Pode até surpreender e voltar ao desfile das campeãs, que reúne as seis melhores escolas, mas não empolgou o público.

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O universo francês do século XV e a rotina da corte foram bem explorados. Rosa Magalhães narrou um episódio que envolve o nobre francês Nicolas Fouquet (1615-1680). Assessor de finanças do rei Luis XIV, ele tinha um estilo de vida extravagante e esbanjava riqueza. Construiu um castelo que teria inspirado o palácio de Versalhes, e promoveu uma festa de inauguração que reuniu 3.000 convidados, nobres de toda a Europa. A extravagância irritou o rei, que acabou mandando prender Fouquet, que acabou morrendo na prisão.

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Na Sapucaí, cada ala da São Clemente representava um grupo responsável pela construção do castelo ou participante da festa de inauguração: havia arquitetos, músicos, bailarinos, atores, cozinheiros, além de representantes de cada ornamento: a prataria, os fogos de artifício, os chafarizes, os jardins.

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Nona colocada em 2016, a São Clemente pode alçar posto melhor nesta ano, mas não chegou a empolgar nem surpreendeu, apesar da habitual competência de Rosa Magalhães, sete vezes ganhadora do desfile das escolas de samba do Rio – o primeiro deles em 1982, com o Império Serrano.