A Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, confirmou nesta segunda-feira (5) o primeiro caso de febre amarela autóctone, ou seja, o paciente foi infectado na cidade.
O caso envolve um homem de 35 anos, morador do Jardim Palermo, região central da cidade, mas que trabalha no Jardim Represa, bairro mais afastado, próximo às margens da Represa Billings.
Segundo a Prefeitura de São Bernardo, o paciente estava entre os três novos casos de investigação de febre amarela no município e teve o diagnóstico confirmado pelo laboratório da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), no Hospital das Clínicas. Os outros dois casos ainda seguem em análise.
O homem deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) no dia 1° de fevereiro e foi transferido para o Hospital das Clínicas, onde permanece até hoje internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo a administração local, ele não havia se vacinado e também não realizou qualquer viagem ou deslocamento da cidade nos últimos meses, o que caracterizou o caso como autóctone.
Na semana passada, a Prefeitura de São Bernardo comunicou o primeiro registro de febre amarela na cidade. Na ocasião, tratou-se de um caso importado de um homem de 33 anos que foi diagnosticado com a doença após viajar para Mairiporã, cidade da Grande São Paulo mais afetada pela doença.
A Prefeitura de São Bernardo iniciou uma campanha de vacinação na cidade no dia 25 de janeiro nas 34 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, mas até o momento, registrou uma “baixa adesão à imunização da doença”, atingindo apenas 24% da meta estipulada na campanha, que disponibilizou 707 mil doses – a cidade tem 827 mil moradores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o objetivo de ampliar o alcance da campanha, a Prefeitura começou nesta segunda-feira, 5, aplicar as doses nas 102 escolas municipais, que deve durar até a sexta-feira, 9. Por causa da ação preventiva, o início das aulas foi adiado para o dia 19 de fevereiro.