Depois de se reunir com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) confirmou acordo com governo para instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista e explicou que a única diferença feita no requerimento de criação da CPI sobre os cartões corporativos, que está encaminhando, é especificar que as apurações vão abranger desde a apresentação do decreto de 1998, que criou os cartões, embora só tenham sido instituídos em 2002.

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Ele negou ter conversado com Jucá sobre os chamados gastos tidos pelo governo como de segurança nacional e que, portanto, não deveriam ser divulgados. Segundo Sampaio, o assunto foi deixado de lado, por ele não concordar com a tese de segurança nacional. Ele disse, porém, que os gastos do presidente e da primeira-dama não deverão ser pormenorizados, para não passar a idéia de a CPI estaria "xeretando" o chefe de Estado.

"Todos os gastos serão conhecidos, mas não necessariamente checado o que foi gasto ou não pelo presidente e sua família", afirmou Sampaio. Ele disse que falou hoje por telefone com o líder do DEM, senador José Agripino, que havia anunciado que reuniria hoje ou amanhã os líderes no Senado para chegar a um consenso sobre a CPI dos Cartões.

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