Salário mínimo de R$ 260 é aprovado na Câmara

Brasília – O governo aprovou na noite de ontem, em votação simbólica, a medida provisória que reajustou o salário mínimo para R$ 260 na Câmara dos Deputados. Poucos antes da votação da MP, os deputados governistas já haviam derrubado por 266 votos contra 167, e seis abstenções, um substitutivo apresentado pelo PFL que pedia o reajuste para R$ 275. A aprovação da MP é a primeira grande vitória do ministro Aldo Rebelo no cargo de coordenador político do governo. Para emplacá-la, eram necessários pelo menos 257 votos – maioria simples (metade mais um). Com o aval dos deputados, a MP segue para o Senado, onde deve enfrentar resistência.

“Eu fiz isso aqui como deputado e como líder do governo e agora continuo fazendo como ministro. Acho que cada votação é um desafio, e nós precisamos superá-los, com o apoio, a solidariedade, lealdade, unidade e coesão da base”, disse Rebelo, que passou o dia negociando com líderes da Casa. A votação da medida provisória que eleva o salário mínimo para R$ 260 fez com que alguns ministros fizessem o “corpo-a-corpo” com as lideranças governistas e também com os deputados que compõem a base. O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, por exemplo, passou mais de sete horas, visitando parlamentares de diversos partidos e líderes da base, para “amarrar” a votação da MP, já que a articulação e a persuasão para a aprovação da matéria vinham sendo feitas pelos próprios líderes. Depois da conversa com os líderes, o ministro deixou a Câmara seguro de que a base aliada iria aprovar a proposta do governo. “Minha expectativa é de que há um ambiente na base do governo muito favorável ao apoio à MP e de que a base conseguirá aprovar a matéria”, afirmou

Rebelo

No entanto, o vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), advertiu ainda ontem, em um discurso da tribuna, que, se a medida provisória (MP) que fixou em 260 reais o salário mínimo fosse aprovada na Câmara, ela “corre sério risco” de ser rejeitada pelos senadores. Segundo Paim, isso ficou claro na reunião da bancada de 14 senadores do partido, realizada na manhã de ontem, quando cinco parlamentares, até mesmo ele, declararam, formalmente, que não têm condições de aprovar um mínimo no valor de 260 reais.

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