Brasília – O governo vai enviar ao Congresso esclarecimentos que podem mudar os rumos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar o envio ilegal de dinheiro para o exterior via contas CC5, sobretudo pelo Banco do Estado do Paraná (Banestado). O líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA), anunciou, após participar de reunião de líderes governistas com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, no fim da manhã de ontem, que ainda nesta semana deverão comparecer à Câmara o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o corregedor-geral da União, Waldir Pires, para prestar informações sobre o caso.

Segundo o líder, como a questão envolve outros países, a preocupação do governo é não criar incidentes diplomáticos. Anteriormente, o governo impediu a formação de CPI semelhante no Senado. Agora, estaria tentando esvaziar também a criação da CPI na Câmara. Pellegrino, entretanto, negou que tivesse recebido solicitação para não indicar os representantes petistas para a comissão, cujo funcionamento está dependendo da indicação de seus membros pelos líderes partidários. E confirmou que o delegado da Polícia Federal que investiga o caso, José Francisco Castilho Neto, foi afastado. O líder do PMDB na Câmara, Eunício Oliveira (CE), indicou os três representantes do partido na CPI: Edson Andrino (SC), José Borba (PR) e André Luiz (RJ).

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