Dois aviões, com capacidade de despejar 3 mil litros e 2 mil litros de água respectivamente, estão combatendo o incêndio de grandes proporções que já consumiu 2 mil hectares da Reserva Ecológica do Taim, no sul do Rio Grande do Sul. O fogo teve início na terça-feira (26), e a causa mais provável é que teve início a partir de um raio.
Como o local é de difícil acesso, a brigada de incêndio do parque solicitou auxílio de dois aviões agrícolas. Como não estavam conseguindo conter as chamas, que se espalharam rapidamente devido à força do vento, duas aeronaves especiais foram contratadas pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração da reserva.
As aeronaves aterrissaram no RS nesta sexta-feira (29) vindos da Bahia. Porém, o maior deles, com capacidade para 3 mil litros de água, só começou a operar na manhã de sábado, já que o piloto não havia encontrado local seguro para o pouso, que estava previsto para ocorrer na rodovia que margeia a reserva. Nesta sexta-feira, a mudança da direção do vento diminuiu o avanço das chamas.
Além da flora, a rica fauna da região está sendo seriamente afetada, especialmente roedores e animais invertebrados. Localizado no sul gaúcho, o Taim abrange uma área de 32 mil hectares, entre os municípios do Rio Grande e de Santa Vitória do Palmar.
A Reserva Ecológica do Taim abriga cerca de 30 espécies de mamíferos e 250 de aves. O local está na rota de várias espécies de animais migratórios, principalmente aves vindas da Patagônia. Lá, elas descansam, fazem ninhos e se desenvolvem antes de seguir viagem. A principal ave da reserva é o cisne-de-pescoço-preto, o único cisne verdadeiro do continente sul-americano.