Porto Alegre (AE) – Parte dos R$ 167 milhões roubados do Banco Central em Fortaleza, em agosto de 2005, pode estar financiando ações como assaltos a bancos e a veículos transportadores de valores no Sul do País. A Polícia Federal já tem pistas de que uma parcela do dinheiro chegou à quadrilha de José Carlos dos Santos, o ?Seco?, o foragido mais procurado do Rio Grande do Sul.
Numa operação deflagrada na quinta-feira (5), os agentes conseguiram frustrar um plano de ataque a um carro-forte e prenderam o número dois do grupo, João Adão Ramos, o João das Couves, em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre.
O delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, disse que os responsáveis pelo roubo de Fortaleza estão quase todos identificados. Mas, ao investigar o destino dado ao dinheiro, a polícia passou a ter indícios do financiamento a outras células do crime organizado. O próximo passo é esclarecer qual é o vínculo que existe entre os grupos, informa o superintendente regional da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, José Francisco Mallmann.
Do dinheiro levado do Banco Central, R$ 20 milhões já foram recuperados e outros R$ 20 milhões estão identificados em bens adquiridos pelos assaltantes, informou Gasparetto. Parte do restante pode estar no Uruguai.
