Rossi não quer PL com Lula em SP

São Paulo (AE) – O pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo Partido Liberal (PL), Francisco Rossi, disse ontem que se houver a aliança presidencial entre o seu partido e o PT não se sentirá à vontade para apoiar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Rossi declarou, em entrevista à Rádio CBN, ter dado seu apoio ao petista na eleição de 1998 e até hoje não recebeu sequer um telefonema de agradecimento. O ex-prefeito de Osasco não acredita muito na possibilidade de coligação entre os partidos até porque o PT tem candidato ao governo de São Paulo, o deputado federal José Genoíno.

Rossi garantiu que não pretende concorrer a nenhum outro cargo no pleito de outubro, ou seja, é pré-candidato apenas ao governo do Estado e não pretende abrir mão dela, a menos que o PL entenda que deva confirmar a coligação com o PT. Francisco Rossi comentou que, na eventualidade de disputar e vencer a eleição em São Paulo, será preciso, a exemplo de 1994, fechar o Estado para balanço, repetindo o slogan que adotou na campanha para o governo paulista naquele pleito. “Acho que está bem vivo na memória das pessoas que eu dizia que a gente tinha que fechar o Estado para balanço. Esses planos de governo clássicos são um amontoado de promessas, difíceis de entender, feitos apenas para dar satisfação à mídia. Nós estaremos apresentando, na verdade, um plano de metas a serem atingidas pelo governo Francisco Rossi.”

“Eu gostaria de ter a certeza de que as contas estão saneadas. Eu queria que alguém me explicasse como é que o Mário Covas pegou um Estado com uma dívida de R$ 17 bilhões, que perdeu diversos ativos, e hoje ela chega a cerca de R$ 90 bilhões” Outros aspectos abordados pelo pré-candidato Francisco Rossi foram guerra fiscal entre os Estados e desemprego. Segundo ele, para minimizar o desemprego, que chegou a 20,4%, poderiam ser criados centros industriais no interior do Estado, em parcerias com as prefeituras, oferecendo algumas vantagens para evitar a evasão das empresas.

“É um problema complexo, difícil, mas que tem solução. Hoje, a vocação dos grandes centros é para comércio e para serviços e vamos ter que nos adaptar a essa realidade. Nós vamos ter que criar mecanismos de vagas, nem que sejam só de empregos temporários, como as frentes de trabalho, e investir na criação desses distritos industriais no interior do Estado, que por si só podem gerar diversos empregos”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo