A governadora eleita do RJ, Rosinha Garotinho (PSB), anunciou que não renovará o contrato de manutenção do dirigível Pax Rio, usado na área de segurança. Desde setembro ele sobrevoa o Rio, com câmeras superpotentes para monitorar áreas violentas da cidade. Rosinha anunciou outras medidas para a área de segurança.
Rosinha alegou que o serviço de dirigível é caro e ineficiente. ?Temos outras prioridades e é caro para manter. Temos outro destino para o dinheiro. ?O Pax Rio custa R$ 1.141.203 por mês para o governo.
Prisão – No primeiro mês de operação, o dirigível foi usado pela polícia para controlar as entradas e saídas do Complexo do Alemão, onde o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, estava cercado pela polícia. Foram 50 horas no local.
As câmeras de grande resolução – capazes de identificar o rosto de uma pessoa a 15 quilômetros de distância – descobriram um entregador de comidas tentando se esconder nas vielas da Favela da Grota. O rapaz foi detido e confessou estar a serviço de Maluco. Ele acabou fornecendo pistas sobre o paradeiro do traficante.
O dirigível também foi usado para monitorar o Batalhão de Choque da PM na primeira semana em que Luiz Fernando da Costa o Fernandinho Beira-Mar, ficou preso ali, depois da rebelião de 11 de setembro, em Bangu 1. A intenção era detectar qualquer tentativa de resgate. O Pax Rio acabou sendo usado em outras áreas: na identificação de manchas de óleo na Baía de Guanabara e na organização do trânsito no Centro, quando um hotel desabou, no dia 25.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança do RJ informou que o secretário Roberto Aguiar não comentaria a decisão da governadora eleita. Para Aguiar, Rosinha não vai cancelar o serviço, pois o contrato firmado entre a empresa New Media 2000 e o governo do Estado termina em 5 de dezembro, antes da posse da governadora eleita.
Medidas – Rosinha Garotinho anunciou ainda que vai centralizar a Secretaria de Segurança no prédio da Central do Brasil, como era plano do seu marido, o ex-governador Anthony Garotinho, candidato derrotado à Presidência da República.
Informou também que dividirá em duas a Coordenadoria das Delegacias Especializadas da Polícia Civil – uma centralizará as delegacias que tratam do crime organizado (como a Anti-Seqüestro e a de Repressão a Entorpecentes), a outra reunirá as demais delegacias, como a de Atendimento ao Turista e Atendimento à mulher.
A governadora eleita também prometeu dobrar o efetivo do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar em seis meses.
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