O objetivo é verificar se as dependências foram deixadas pela ex-governadora Benedita da Silva (PT) nas mesmas condições em que estavam quando a família de Rosinha Garotinho deixou o palácio, em abril, quando o marido dela, o ex-governador Anthony Garotinho (PSB), renunciou para concorrer à Presidência da República. Depois de Rosinha Garotinho ganhar as eleições, Anthony Garotinho disse que mandaria desinfetar o Palácio Guanabara, sede administrativa, quando Benedita deixasse o cargo – o que foi recebido como uma ofensa pelo movimento negro.
O superintendente dos Palácios Oficiais, Túlio Scudino Borges, disse que a vistoria é de praxe, uma vez que o acervo do Laranjeiras é muito valioso. “Isso é feito em todo início de governo. Anualmente, fazemos a conferência dos itens e mandamos para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). É normal, dada a riqueza do acervo”, disse Borges, que trabalha nos palácios do governo há 13 anos e conduziu a restauração do Laranjeiras. Dias antes de tomar posse, Rosinha Garotinho disse que queria um levantamento dos objetos para verificar as condições em que foram deixados por Benedita.
A vistoria começou hoje. O prazo para conclusão é de 15 dias, mas o superintendente acredita que o trabalho será concluído rapidamente, uma vez que a listagem está pronta, só faltando conferir os itens. Quatro técnicos verificarão se as peças da ala social – como mobiliário, vasos, estátuas, quadros, livros e um piano Steinway – estão nos devidos lugares. “É como num museu. Nada pode ser tirado do lugar”, explica Borges.
Mais simples, os cômodos da ala residencial (quartos, banheiros, salas de estar e jantar) também serão checados.