O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse nesta segunda-feira (9) que espera que Gim Argello (PTB-DF) assuma a vaga herdada de Joaquim Roriz (PMDB-DF) para ter acesso à documentação que envolveria o nome do suplente de Roriz no esquema apurado pela Operação Aquarela. Com base nela, Tuma antecipou que poderá abrir processo na corregedoria para investigar o sucessor de Roriz. "Não teria sentido, depois da renúncia do Roriz, deixar passar em branco a mesma denúncia feita contra seu sucessor no cargo", afirmou.

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Roriz renunciou ao mandato na semana passada para escapar de processo no Conselho de Ética. Ele foi flagrado em escutas telefônicas negociando a partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Tarcísio Franklin de Moura, que foi preso pela Polícia Civil de Brasília. Há suspeita de que Argello também tenha participação em esquema de desvio de recursos do banco.

Argello não deu nenhum sinal à Secretaria-Geral da Mesa do Senado sobre sua possível posse. Pelo regimento, ele tem 60 dias renováveis por mais 30 dias, para assumir sua cadeira na Casa. Tuma disse não achar estranho "o fato de Argello" ainda não ter se pronunciado. "Eu não acho estranho. Acho que ele é muito vivo", ironizou, lembrando que essa precaução deve ser entendida como um cuidado do suplente em não faltar com a verdade caso, mais tarde, fique configurado seu envolvimento no esquema.

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