Brasília – O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), confirmou que a votação da proposta que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) está marcada para a sessão de amanhã (12). No entanto, admitiu que dependendo do quadro, a votação pode ser antecipada.
"A probabilidade de votar nesta terça-feira (11) é pequena, até porque é um assunto que vai se debater bastante. A idéia é abrirmos o painel [votar] amanhã. Se houver algum tipo de entendimento, que faça com que a votação possa ocorrer hoje, é claro que queremos votar, mas esperamos uma longa discussão. O tema é polêmico e cada um vai querer expressar a sua posição, e deveremos entrar, inclusive pela madrugada", disse.
Jucá alerta que é preciso pressa na votação da proposta para não correr o risco de deixar para o ano que vem. "Queremos votar amanhã. Independente do número [de senadores que apóiam a CPMF] é importante que se feche essa posição. Estamos com prazo exíguo, e se depender da minha opinião, mesmo com risco de perder, votaremos amanhã", disse.
O senador afirmou que o governo continua trabalhando para obter os 49 votos necessários para aprovar a prorrogação do imposto. "Os votos não estão fechados ainda, até porque cada senador, no momento da votação, pode mudar: Quem vota sim pode votar não, quem vota não pode votar sim", disse.
"O que estamos fazendo é um trabalho de convencimento, de acompanhamento e de demonstração da importância da CPMF", acrescentou.
Embora líderes da oposição afirmem que o governo trabalha com a hipótese de adiar a votação da prorrogação do imposto para o ano que vem, quando seria apresentada uma nova proposta, o líder do governo descartou a possibilidade.
"Não trabalhamos com a hipótese de votar no ano que vem. Até porque o orçamento federal precisa ser votado este ano e é fundamental saber se haverá ou não os recursos para a saúde e para o Bolsa-Família".
Segundo Jucá, não se pode deixar em aberto uma votação como essa por dois ou três meses, porque os estados e municípios dependem dos recursos para a saúde. "A partir de 1º de janeiro os estados terão de começar a gastar, calcados em despesas para a saúde, e os recursos poderão não vir", disse.