Rodoviários paralisam as atividades no DF

Moradores de São Sebastião, no entorno da capital federal, bloquearam a entrada principal da cidade na Rodovia DF-463. Os manifestantes reivindicam melhoria no transporte público. Bicicletas foram colocadas na pista para impedir a passagem de carros no local. Os manifestantes deixaram logo no início da manhã, por volta das 6h30, o terminal rodoviário, após a paralisação de cerca de 800 rodoviários.

Segundo o comandante do 21º Batalhão da Polícia Militar (BPM) sediado em São Sebastião, coronel Alexandre Sérgio, pelo menos 600 pessoas participaram da caminhada no início da manhã de hoje (20). Por volta das 11h, segundo o coronel, apenas 200 pessoas permaneciam na rodovia. A paralisação provocou transtornos no trânsito.

O policial militar ressaltou que a manifestação é pacífica e 50 policiais estão no local para preservar a segurança. O servidor público Valdir Cordeiro, 39 anos, não conseguiu pegar o ônibus para ir à faculdade e decidiu aderir ao movimento. Ele foi um dos organizadores da manifestação no terminal rodoviário.

O morador de São Sebastião disse que os manifestantes reivindicam “um transporte de qualidade e o respeito aos rodoviários e a população”. Valdir destacou que a caminhada teria sido de 20 quilômetros pelo centro de São Sebastião. “Estamos cansados dessa situação, precisamos de um transporte [público] de qualidade. Chega de estrada e transporte ruins”, reclamou.

A doméstica Maria do Amparo, 56 anos, também não conseguiu utilizar o transporte público pela manhã. “[Os] ônibus, além de serem poucos, estão sempre lotados e para piorar a situação os rodoviários decidem parar”. Ela acrescentou que, com isso, todos foram prejudicados. “As condições de uso e de trabalho são precárias. Isso tem que acabar”, ressaltou a doméstica.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, João Osório, em entrevista à Agência Brasil, disse que não há motivo para a paralisação dos motoristas e cobradores. Os rodoviários da empresa argumentaram que estariam com o recolhimento à Previdência Social e o pagamento de horas extras atrasados.

“O motivo não é justo, se fosse o sindicato estaria apoiando”, disse o sindicalista. Para Osório, o possível motivo da paralisação seria a falência do grupo proprietário de empresas de ônibus no DF. “O governo do Distrito Federal fez a intervenção da empresa, já assumiu [os encargos trabalhistas] até o fim deste mês e não há qualquer pagamento em atraso”.

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