Rodovia Régis Bittencourt será duplicada até 2012

Os motoristas irão sofrer com os "apagões" na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), principal ligação entre São Paulo e Curitiba, até o início de 2012. É o prazo previsto no contrato de licitação para a duplicação dos 30,5 quilômetros da Serra do Cafezal, entre Juquitiba e Miracatu, o principal gargalo da rodovia. Ontem, os motoristas perderam até 2 horas para percorrer o trecho. O congestionamento chegou a 21 quilômetros às 13 horas.

A fila de carros, no sentido São Paulo – Curitiba, ia do km 315 ao 336. Por volta das 16 horas, o congestionamento era menor, com cerca de 7 quilômetros. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a rodovia recebeu a migração dos turistas que seguiam para as praias de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, no litoral sul. O grande congestionamento registrado no Sistema Anchieta-Imigrantes levou muitos motoristas a optar pela Régis – um caminho mais longo.

A PRF prevê congestionamentos também no retorno para São Paulo, amanhã. O afunilamento vai ocorrer no km 365, na subida da serra a partir das 14 horas. A PRF prevê novos "apagões" nos feriados de 2 e 25 de novembro e nas festas de fim de ano. Até o Carnaval a rodovia deverá receber um fluxo maior de veículos, além dos 32 mil que circulam diariamente. O prefeito de Miracatu, Miyoji Kaio (PSDB), acredita que a duplicação do trecho de serra vai reduzir os congestionamentos.

O prazo para a obra é de 4 anos após o início da concessão e será custeada pelos pedágios. A concessionária OHL, vencedora da licitação realizada na última terça-feira, vai instalar 6 praças de pedágio ao longo dos 401,6 quilômetros de São Paulo a Curitiba. Cinco postos ficarão no trecho paulista. O primeiro será instalado no km 296, em São Lourenço da Serra. Os demais, nos km 366 (fim da Serra do Cafezal), 427, próximo da ponte sobre o Rio Ribeira, 485, em Cajati, e 542, em Barra do Turvo. O pedágio paranaense será no km 56, próximo da Represa do Capivari.

Os motoristas vão pagar R$ 1,364 em cada praça. O contrato admite revisão no valor, caso a nova pista seja construída fora do eixo da pista atual. Essa opção é recomendada pelos técnicos, mas esbarra em forte oposição dos ambientalistas. A serra é coberta pela Mata Atlântica e o afastamento do eixo criaria uma "ilha" entre as duas pistas, aumentando o impacto ambiental.

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