A Secretaria Municipal de Saúde do Rio anunciou que vai intensificar, a partir de abril, os cuidados e ações de prevenção para evitar o avanço da zika e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O objetivo é prevenir o avanço dessas moléstias durante os Jogos Olímpicos de 2016, que começam no dia 5 de agosto. O evento vai atrair para a cidade milhares de visitantes, do Brasil e do exterior.

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No mês que antecede a abertura dos Jogos, todos os locais de competição e de grande aglomeração de público e seus arredores serão vistoriados pelos agentes da prefeitura. Reservatórios de água remanescentes de obras serão eliminados ou, quando isso não for possível, tratados para impedir o desenvolvimento de larvas do mosquito. Inseticidas também deverão ser usados no trabalho de limpeza e prevenção.

“Apesar de (agosto) ser uma época com menos incidência do mosquito, a prefeitura vai intensificar as inspeções”, afirma a Secretaria de Saúde em nota.

Atualmente, mais de três mil agentes atuam em visitas a possíveis focos de desenvolvimento do mosquito, que é transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. A transmissão acontece durante todo o ano, mas ocorre com mais frequência durante o verão, quando o calor favorece a eclosão das larvas do inseto. Elas encontram o ambiente ideal para reprodução em repositórios de água parada.

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“Todos os locais de obras de instalações olímpicas já recebem visitas ininterruptamente para controle de possíveis focos do mosquito e esse trabalho vai ser intensificado já a partir de abril”, diz a prefeitura.

“Os funcionários do local serão orientados para, ao longo dos dias de competição, estarem atentos para identificarem e eliminares depósitos. Um copo plástico jogado e esquecido num jardim, por exemplo, pode acumular água e virar um potencial criadouro do mosquito”, afirma a Secretaria.

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O órgão, no entanto, não detalhou se haverá aumento no número de agentes durante a operação intensificada de combate ao mosquito. Apenas informou que todas as instalações olímpicas terão pelo menos um encarregado de vigilância ambiental de saúde credenciado e fixo. Nos locais maiores, pode haver até três agentes fixos.

“Eles atuarão diariamente na busca, eliminação ou tratamento de depósitos que possam se tornar potenciais focos do mosquito”, explica a Secretaria. Equipes de vigilância ambiental em saúde trabalharão nos arredores para controlar a presença do mosquito em toda a região.

Recentemente, o vírus zika foi apontado como um dos causadores de microcefalia em bebês, após mulheres grávidas terem contraído a doença. Outros distúrbios têm sido atribuídos à infecção pelo zika – como a síndrome rara de Guillain-Barré, que afeta o sistema nervoso.

Diante da gravidade e do número de casos no Brasil, autoridades internacionais têm recomendado maiores cuidados a turistas que vêm ao País. O governo dos Estados Unidos chegou a recomendar que mulheres grávidas evitem viagens ao Brasil neste momento.