A partir de 2013, a cidade do Rio de Janeiro vai ter um serviço de atendimento à saúde adequado para usuário de álcool e outras drogas. O anúncio foi feito hoje pelo secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, que participou da audiência pública Crack: Prevenção, Resgate e Cuidados Especializados em Saúde Mental, promovida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). As informações são da Agência Brasil.
De acordo com o secretário, o município ampliou o atendimento básico e agora vai melhorar o atendimento especializado ao usuário de drogas. “Estamos na fase dos termos finais para fazer o anúncio de um plano municipal para o atendimento mais adequado para lidar com essa situação”, disse.
Dohmann declarou ainda que os debates e trocas de ideia na audiência serão levados em conta na elaboração do plano. “O plano está prestes a ser anunciado, mas ainda não está 100% concluído. Ele estará sintonizado com as políticas definidas pelo Ministério da Saúde e com os marcos legais que regulam essa ação e esse tipo de atendimento, além de ser coerente com os aspectos técnicos colocados pelos especialistas da área”.
Segundo o secretário, o Plano Municipal de Atendimento ao Usuário de Crack e Outras Drogas deve ser anunciado ainda este ano. “Não temos expectativa, no tocante à saúde, de trazer nenhuma novidade bombástica. Mas o que a gente pretende é aplicar as políticas com qualidade, de forma que elas sejam as mais resolutivas possíveis. Que a gente possa ter um processo de expansão dos serviços de atenção primária e de atenção especializada adequado para a vida com esse cenário que a sociedade nos coloca”.
A titular da 3ª promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde do MPRJ, Anabelle Macedo Silva, explicou que o objetivo da audiência foi colocar os gestores públicos para trocar ideias e unir forças no enfrentamento do problema.
“O ponto concreto principal da audiência pública é que haverá a apresentação, pelo município, de um plano municipal contemplando cuidados especializados em saúde mental, já absorvendo essas informações que hoje circularam aqui na audiência pública”, disse.
Participaram da audiência gestores públicos municipais, estaduais e federais, especialistas de universidades e conselhos e membros da sociedade civil.
De acordo com Anabelle, é consenso entre os especialistas e gestores que, para melhorar a atenção ao usuário de crack e outras drogas, é preciso ampliar a rede de atendimento extra-hospitalar, como os centros de Atenção Psicossocial (CAPs), além de incluir questões correlatas, como moradia, educação e geração de renda.