Uma menina de 3 anos e uma idosa de 63 tiveram resultado positivo para o sarampo, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, conforme divulgou, nesta segunda-feira, 15, a Secretaria Municipal de Saúde. As duas pacientes são residentes de Rio Preto e não deixaram a cidade recentemente.

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Ainda não havia registro de casos de sarampo autóctones – quando a pessoa pega a doença no local em que mora -, neste ano, no Estado de São Paulo. Até esta terça-feira, 16, a Secretaria Estadual de Saúde não tinha sido notificada dos casos de Rio Preto e registrava apenas três casos importados.

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Os exames das amostras colhidas da criança e da idosa foram realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e deram positivo para a doença. Conforme a secretaria, os casos seguem para análise da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A pasta informou ainda que a criança havia sido vacinada. A suspeita é de que ela faça parte de um grupo de 5% de pessoas que não desenvolvem imunidade à doença. Ainda segundo a secretaria, há outros 28 casos de pacientes que apresentaram sintomas da doença e aguardam o resultado dos exames. Houve ainda 11 notificações já descartadas.

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A secretaria municipal descarta o risco de epidemia por causa da alta cobertura atingida pela vacinação contra a doença. Em agosto, a cidade aderiu à campanha de vacinação lançada pelo Ministério da Saúde, que incluiu também a poliomielite, e a cobertura chegou a 97,5% para crianças menores de 5 anos – acima da meta de 95%.

A pasta fez alerta a quem não recebeu a vacina para procurar uma unidade básica de saúde. A recomendação é de que pessoas com idade entre 1 e 29 anos recebam duas doses da vacina, enquanto as de 30 a 58 anos podem receber dose única. A secretaria ampliou o bloqueio, com a busca de pessoas não vacinadas e coleta de amostras na área onde as duas pacientes residem. Elas estão sendo medicadas e passam bem.

Importados

Por considerar que os casos de São José do Rio Preto ainda estão em investigação, a Secretaria de Estado da Saúde informou que não há casos autóctones de sarampo no Estado.

“A circulação endêmica foi interrompida no Estado no ano 2000. Casos esporádicos ocorreram eventualmente desde então, relacionados à importação do vírus de várias regiões do mundo onde ainda o controle da doença não foi atingido.”

Conforme a pasta, em 2018, São Paulo registra apenas três casos confirmados, sendo um importado da Ásia Ocidental e outros dois do Estado do Amazonas.

“Em todas as situações de suspeita de casos, a pasta realiza, em parceria com o município, ações preventivas e de controle e bloqueio do vírus”, informou em nota. A proteção contra o vírus é feita através da vacina que, segundo a pasta, está disponível na rede estadual durante o ano todo.