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Rio perde posto de Estado que mais avança na luta contra mortes violentas

Um ano foi suficiente para o Rio de Janeiro retroceder em avanços acumulados em uma década. No período de dez anos até 2016, o número de jovens fluminenses de 15 a 24 anos que morreram em situações violentas deixou de cair na mesma intensidade de anos anteriores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, o Rio perdeu para São Paulo o posto de Estado que mais avançava na batalha contra mortes não naturais da sua população jovem, principalmente em acidentes de trânsito e homicídios.

Em 2015, o Rio ocupou a primeira colocação entre os Estados que mais reduziram o número de óbitos violentos, ao apresentar queda de 37,5% em uma década. Passado um ano, esse número caiu para 16,4%. Em São Paulo, no mesmo prazo, o índice passou de 33,1% para 36,5%.

“Além do tráfico de drogas, que gera o assassinato de muitos adolescentes, as estatísticas captam os efeitos das mortes provocadas pelas péssimas condições das estradas e também pela falta de fiscalização no trânsito. São crescentes os casos de acidentes com moto nas Regiões Norte e Nordeste do País”, diz o gerente de População e Indicadores Sociais do IBGE, Fernando Albuquerque.

A tábua da mortalidade divulgada pelo IBGE revelou que, em 2016, os brasileiros ganharam mais três meses e 11 dias de vida, se comparado ao ano anterior, seguindo a tendência de crescimento da década. A expectativa de vida da população do Rio, de 76,2 anos, continua superando a da média nacional, de 75,8 anos. Já a expectativa de vida em São Paulo é de 78,1 anos.

Do ponto de vista da longevidade, o melhor lugar para viver no Brasil é em Santa Catarina, onde, em média, a população resiste até os 79,2 anos, de acordo com a estatística relativa ao ano passado. Em seguida, aparecem Espírito Santo, Distrito Federal e São Paulo, todos com mais de 78 anos de expectativa de vida. Na outra ponta do ranking está o Maranhão, com 70,6 anos, seguido de Piauí, Rondônia, Roraima, Alagoas e Amazonas, todos com menos de 72 anos.

Albuquerque destacou ainda que a diferença entre o tempo de vida de homens e mulheres permanece em queda e só não vai convergir para o mesmo ponto, em algum momento, porque, naturalmente, bebês do sexo feminino resistem mais ao primeiro ano de vida do que os bebês do sexo masculino. Na média brasileira, homens vivem por 72,2 anos e as mulheres, por 79,4 anos.

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