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Rio: mais votados de conselhos tutelares tiveram votação próxima a de vereadores

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) do Rio divulgou nesta terça-feira, 8, a lista provisória das 190 pessoas eleitas para os 19 conselhos tutelares da capital fluminense. Os nomes ainda podem ser impugnados, caso tenham sido alvo de denúncias, e a lista definitiva deve ser publicada no Diário Oficial do Município na quinta-feira, dia 10.

A candidata mais votada foi Patrícia Félix, que conquistou vaga no Conselho Tutelar 2, da zona sul, com 4.639 votos. O vereador eleito com o menor número de votos na eleição municipal de 2016 na capital fluminense, Ítalo Ciba (PTdoB), recebeu 6.023 votos. Foram apenas 1.384 a mais que a conselheira.

Janaína Palmares, do Conselho Tutelar 3 (Vila Isabel), foi a segunda mais votada, com 1.171 votos, e Paulo Keller, do Conselho Tutelar 9 (Campo Grande), foi o terceiro, com 1.140 votos. Ao todo, 106.448 eleitores compareceram às urnas. Houve 1.506 votos nulos e 231 em branco.

Em todo o País, a eleição foi acirrada por disputas entre evangélicos, católicos e autodenominados progressistas. A polarização levou ao aumento de participação na votação para representantes dos conselhos em cidades como o Rio, São Paulo e Brasília.

No Rio, houve ainda suspeita de participação de milicianos, que usariam a eleição para ganhar notoriedade e respeito em sua área de atuação. Ao longo do processo, mais de 300 denúncias por motivos diversos foram encaminhadas ao CMDCA, responsável pelo processo eleitoral. Oito candidaturas foram impugnadas pelo Ministério Público do Estado do Rio no dia da eleição, quando o órgão recebeu 113 denúncias – 58 na capital e 55 no interior.

Para Isabel Costa, coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), os candidatos ditos progressistas obtiveram sucesso. A entidade acompanhou a eleição sem declarar apoio a candidatos, mas divulgou uma carta de intenções à qual 52 candidatos aderiram – inclusive Patrícia Félix e Janaína Palmares, as duas mais votadas. Até esta terça-feira, o Sepe-RJ não havia contado quantos desses se elegeram, mas o resultado foi considerado satisfatório.

“Já sabemos que os candidatos progressistas tiveram sucesso na maior parte da cidade. Em áreas dominadas pela milícia, como bairros da zona oeste, a situação foi mais problemática, mas de forma geral a eleição foi boa”, afirmou Isabel. Uma lista de candidatos divulgada por entidades estudantis também indicou que os conselhos onde a situação lhes foi menos favorável ficam na zona oeste do Rio.

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