Rio (AE) – Em mais uma tentativa de levar ordem às ruas de Copacabana, a polícia do Rio deu início ontem à operação ?Copacabana legal?, que irá coibir assaltos e delitos menos graves que incomodam a população e assustam os turistas. As principais reclamações dos moradores são a grande concentração de mendigos e meninos de rua, a ocupação das calçadas por veículos estacionados irregularmente e pelos camelôs, a ação dos flanelinhas e a prostituição.
As polícias Militar, responsável pelo policiamento ostensivo, e Civil, que pretende abrir inquéritos para cada tipo de crime encontrado, esperam contar com o apoio dos órgãos da prefeitura, com atribuição de acolher crianças que vivem nas ruas, e do Ministério Público. ?A polícia não é remédio para todos os males?, alertou o comandante da PM, coronel Hudson Miranda.
Cento e dez PMs do batalhão de Copacabana, além do efetivo normalmente empregado pela unidade (número não divulgado) e dez carros extras estão envolvidos na operação. A Polícia Civil montará um trailer para atender a população. Na areia da praia haverá policiamento de quadriciclo e de bugre e, no calçadão, de bicicleta.
A política de ?tolerância zero? segue os moldes da adotada pela cidade de Nova York nos anos 1990s, que conseguiu reduzir bastante os índices de criminalidade. A PM está disponibilizando um endereço eletrônico para que sejam enviadas reclamações (copalegal@rj.gov.br) e o telefone 3399-3220.
A princípio, o esquema funcionará durante os três meses de verão. Será reavaliado daqui a 30 dias. Se der certo, poderá ser estendido por todo ano e por outros bairros.
