Com o maior número de vítimas no País de pessoas contaminadas pelo vírus da influenza A (H1N1), a chamada gripe suína, o Rio Grande do Sul criou um comitê gestor para acompanhar a doença e espera começar, a partir da próxima semana, a realizar testes de laboratório de pacientes suspeitos que estiverem internados. A informação foi dada ontem pelo secretário da Saúde, Osmar Terra. Pelo volume de casos estimados e sua distribuição regional, ele considera que provavelmente há circulação sustentada do vírus no Estado. Sete das 11 mortes de infectados no Brasil ocorreram em território gaúcho.
O exame que será feito é o de imunofluorescência, capaz de diferenciar influenza de outros vírus, mas não detecta o tipo de gripe. A medida facilitará o tratamento dos pacientes. O Rio Grande do Sul tinha até ontem 138 casos confirmados de gripe suína, mas o secretário avaliou que esse número não representa mais a realidade. Ele estimou que o Estado deva ter cerca de mil pessoas atingidas pela doença.
O Estado confirmou ontem que mais cinco pessoas morreram contaminadas com o vírus da gripe suína, todas adultas e jovens. As mortes ocorreram nos dias 8, 10, 11, 15 e 16 deste mês, sendo duas em Passo Fundo, duas em Santa Maria e uma em Uruguaiana. Com elas, o Rio Grande do Sul soma sete mortes de pessoas que tiveram a gripe. Das cinco, uma teve relação com viagem e as demais ainda estão sendo investigadas para apurar a origem.
Terra disse que esse padrão de propagação de doenças, para as quais a população não tem anticorpos, foi verificado em outras epidemias. Os adultos jovens são atingidos primeiro porque circulam mais. Na sequência, são mais afetados idosos e crianças.