Cerca de 700 mil turistas são esperados para os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos no Rio de Janeiro. De acordo a Secretaria Municipal de Turismo, os visitantes devem trazer cerca de US$ 600 milhões para a economia. ?Não tenho dúvidas de que vai ser o grande evento desse país este ano. É um grande momento para a cidade?, avalia o secretário de Turismo do Rio, Rubem Medina. Os Jogos Pan-Americanos começam no próximo dia 13 e o Parapan-Americanos ocorrem em agosto.

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?O mais importante é tudo que vai acontecer em torno dos jogos em termos de divulgação da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil. Isso é incomensurável em termos de futuro econômico, de turismo, de credenciamento para outras conquistas que são fundamentais  para o país.?

Até agora, os investimentos realizados pela prefeitura do Rio nos jogos somaram cerca de R$ 2 bilhões, podendo chegar a R$ 3 bilhões com os recursos estaduais. O cálculo  não considera os investimentos da iniciativa privada. A Secretaria de Turismo estima que o gasto por turista durante o Pan poderá atingir, em média, entre US$ 90 a US$ 100 por dia.

Com cerca de 70% das reservas já efetuadas na cidade do Rio de Janeiro por turistas internacionais, dos quais 85% são  oriundos do Mercosul, os hoteleiros fluminenses se mostram otimistas em relação aos jogos. Os empresários esperam que  nos próximos dias cheguem as reservas do mercado nacional, que costumam ser feitas em cima da hora, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Alfredo Lobo.

Apesar dos problemas causados pela crise aérea, que prejudica o turismo doméstico, Lobo está confiante de que o setor  hoteleiro ?poderá bater a marca de 90% de ocupação como uma média da cidade durante o Pan?. A rede hoteleira do Rio de Janeiro já investiu R$ 1,5 bilhão na construção de três mil novos quartos e na modernização em termos de comunicação e informática.

?Nós acreditamos que a hotelaria do Rio de Janeiro está completamente apta a receber os turistas que virão para o Pan-Americano?, afirmou Alfredo Lobo. Segundo ele, o mês de julho, tradicionalmente, apresenta uma taxa de ocupação em torno de 68%. Tirando os 90% de ocupação previstos durante os 15 dias dos jogos, se o setor conseguir completar 80% como média no mês, no final isso representará um acréscimo de 12% no faturamento dos hotéis.

Para atender aos três mil novos quartos criados foram geradas também três mil vagas de emprego direto. O presidente da ABIH/RJ afirmou, contudo, que esse número ainda pode subir. ?Nós acreditamos que haja um crescimento de sete a  oito mil vagas nesse período todo, em rotatividade, no nosso segmento de hotelaria e no de restaurantes.?

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens do Rio de Janeiro (Abav-RJ), Luiz Strauss de Campos, os hotéis de todos os portes localizados perto dos estádios e centros esportivos estão com quase 100% de ocupação. Na zona sul do Rio, ele acredita que a ocupação pode atingir 90%. A estimativa é ter na cidade durante o evento um público 80% de origem doméstica e 20%  internacional.

O problema aéreo seria um complicador do turismo para o Pan. ?As possibilidades de confirmação de vôo estão difíceis, o que inibe inclusive a programação de vôos pós-tur pelos turistas estrangeiros dentro do Brasil?, avaliou Campos. ?Esse público estrangeiro ainda pode ter um pequeno aquecimento, conforme a delegação do seu país vá se classificando e passando para outra fase.?

O presidente da Abav-RJ lembrou que o público turístico do Pan é eclético e procura também hospedar-se em albergues e casas de família, além dos campings. No Camping RJ 10, instalado na Estrada do Pontal 5.900, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, próximo à Vila do Pan, a perspectiva é de grande procura por parte de turistas nacionais.

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