Brasília (AE) – O Ministério da Saúde divulgou ontem as regiões com maior infestação pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e, como conseqüência, com maior risco de terem um epidemia de dengue em 2006. O Rio de Janeiro, como em anos anteriores, é o estado que teve mais municípios com alta quantidade de casas infectadas. Em São Paulo, apenas Itu e Presidente Prudente estão próximos à zona de risco.

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O Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti foi adotado no ano passado e faz uma avaliação por amostragem em um número determinado de municípios – representando uma região de cada estado e aqueles historicamente com maior risco de infestação. Entre os 170 municípios analisados este ano, 23 estão na área vermelha, considerada com risco de surto para o ano que vem.

Dos 23, sete são no Rio de Janeiro. A capital fluminense tem uma média de 7,5% das casas visitadas com larvas do mosquito, o que é considerado muito alto pelo ministério. "A média é essa, mas há bairros onde essa infestação chega a 15%", disse o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa. O município com maior infestação no País também é no Rio: em Queimados, 11,1% das casas têm a larva do Aedes.

A região norte preocupa o ministério, por que Acre e Rondônia têm áreas de alta infestação e lá ainda está chegando o vírus tipo 3, o que pode causar uma grande epidemia. "Estamos fazendo esse trabalho agora para alertar os municípios e dar tempo de começar o trabalho de controle antes que a época de pico da dengue chegue", disse Barbosa. A partir de janeiro, com a chegada mais forte do calor e das chuvas, começa o período de maior risco da dengue.

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