Rio

– O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, coronel Josias Quintal, decretou ontem durante lançamento da Operação Rio Seguro que “morrerão quantos forem necessários”. Apesar do tom belicoso, o Rio de Janeiro se prepara para o Carnaval e não para a guerra. E para tentar garantir a segurança de turistas e outras pessoas diante do poder cada vez maior do tráfico, o governo armou uma operação com 23 mil policiais civis e militares, além de 4,5 mil homens da Guarda Municipal.

Segundo a polícia, 13 locais serão vasculhados por 2.500 policiais. Para impedir que os chefões do tráfico, presos em Bangu 1, entre eles Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, continuem ordenando novas badernas, policiais do Batalhão de Operações Especiais estão, desde a meia-noite, vigiando cada um deles, que estão em solitárias. Durante a madrugada de ontem, o trânsito voltou a ser desviado pela Polícia Militar na Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na zona sul da cidade, impedindo que os veículos passassem em frente ao Palácio Guanabara, na pista sentido Laranjeiras-Botafogo. Com um efetivo menor de policiais, as ruas próximas ao palácio também foram vigiadas. O mesmo ocorreu no Palácio Laranjeiras, no Parque Guinle, naquele bairro, e também em frente ao QG da Polícia Militar, na Rua Evaristo da Veiga, no centro do Rio. Os motoristas eram obrigados a entrar na Rua das Marrecas e passar pelo Passeio, longe da entrada do quartel.

Na Favela de Manguinhos, zona da Leopoldina, 20 pessoas foram presas e drogas e fardas do exército foram apreendidas. A Polícia Civil utilizou 282 homens de várias delegacias e a Militar 560 homens do 22.º BPM (Benfica). Já na Favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, reduto de Beira-Mar, 40 quilos de maconha e dois quilos de cocaína foram apreendidos em uma operação que envolveu 120 policiais civis e militares dos batalhões e delegacias da Baixada Fluminense.

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