Rio anuncia criação de centro para prever temporais

Seis meses depois da tempestade que provocou enchentes, deslizamentos e a morte de 65 pessoas na cidade do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) anunciou hoje a criação de um centro para prever temporais e gerenciar a atuação das autoridades em situações de emergência. Os detalhes da nova estrutura serão divulgados em dezembro, mas a prefeitura informou que um novo radar meteorológico entrará em operação até o fim do ano.

O equipamento foi comprado por R$ 2,2 milhões e tem alcance de 250 quilômetros – o suficiente para prever a chegada de tempestades com antecedência. “Em dezembro, o Rio será uma das cidades mais modernas do mundo na prevenção de acidentes e incidentes e de operações da cidade. A prefeitura está construindo sigilosamente um grande centro de operações, que só vou mostrar quando estiver pronto e preparado”, afirmou o prefeito.

O novo centro concentrará informações da Companhia de Engenharia de Tráfego e sistemas de alerta do município. A cidade de São Paulo tem uma estrutura semelhante há 11 anos – o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). O órgão conta com informações de quatro radares, satélites e estações meteorológicas.

O prefeito do Rio fez um balanço das ações emergenciais após as tempestades de abril deste ano. O município investe R$ 442 milhões na reconstrução da cidade, em obras de contenção de encostas e no reassentamento de famílias desabrigadas. Segundo Paes, 75% das obras de recuperação já foram concluídas.

Metade dos recursos foram empenhados para o setor de habitação, mas a construção de um condomínio com 3 mil domicílios para os desabrigados, no valor de R$ 200 milhões, ainda não foi licitada e só deve ficar pronta em 2012. A prefeitura informou que 4 mil famílias que viviam em áreas de risco receberam novas casas ou uma ajuda de custo para o aluguel de moradias.

Transparência

A vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB) pediu mais transparência sobre o auxílio dado aos desabrigados. “Não temos clareza sobre a situação das pessoas que foram desalojadas – se elas estão recebendo aluguel, se já foram reassentadas. A prefeitura misturou as vítimas das chuvas com pessoas que já estavam sendo incluídas no programa Minha Casa, Minha Vida”, alegou.

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