O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), pré-candidato a presidente, recusou ontem, em São Paulo, a possibilidade de o partido apoiar um tucano no segundo turno da eleição presidencial.
Cortejado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente, Rigotto disse que só teria condições de analisar o quadro político futuro com a presença do PMDB no segundo turno da eleição deste ano.
Se o governador Alckmin ou o prefeito (de São Paulo) José Serra (outro pré-candidato), quem for o candidato do PSDB, não estiverem no segundo turno, nós vamos buscar o apoio para que tenhamos eles ao nosso lado", disse, após participar da abertura da 33.ª Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro (Couromoda).
Na quarta-feira, o governador do Rio Grande do Sul fará a inscrição para disputar as prévias do PMDB, marcadas para março, que definirão o candidato da legenda a presidente. As prévias acontecerão em 12, 19 ou 26 de março para que, segundo Rigotto, o vencedor tenha tempo hábil de desincompatibilizar-se de cargo público.
"Como não tive férias durante os três anos de governo, vou tirar de 20 a 25 dias, antes do prazo definido das prévias, para intensificar contatos políticos e visitar nossas bases", afirmou.
Ele descartou o risco de o PMDB "rachar, definitivamente", após o processo de prévias. Além de Rigotto, está inscrito para a disputa o secretário de governo e coordenação do estado do Rio, Anthony Garotinho. Outros potenciais candidatos à prévia são os governadores do Paraná, Roberto Requião, e de Pernambuco, Jarbas Vasconcellos. "Se tivermos três candidatos, será melhor do que dois. Se tivermos quatro, melhor do que três", adiantou.
"O certo é que o partido, com a prévia, vai dar visibilidade a seus candidatos e vai garantir que tenhamos o PMDB se mobilizando, nacionalmente, para empurrar sua candidatura e ser uma alternativa nova no processo. Seremos a terceira via, alternativa ao PSDB e ao PT", acrescentou.