A votação para reitor da Universidade de São Paulo (USP), nos campi de Ribeirão Preto e São Carlos, foi tranquila, sem protestos. Em Ribeirão Preto, das 285 pessoas que tinham direito a voto, 268 compareceram – dos 17 que não votaram, alguns votaram em São Paulo e outros justificaram a ausência. As oito unidades de ensino tiveram presenças de segurança, sem incidentes.

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O maior colégio eleitoral do campus, na Faculdade de Medicina, teve a presença de 83 dos 90 eleitores. Os poucos estudantes que passavam ao lado do local de votação ignoravam que ali havia um pleito. “Nem sabia da eleição”, disse a estudante de fisioterapia Juliana Godoy. Se ocorresse uma mudança no sistema eleitoral e todos pudesse participarem, Juliana diz que só mudaria algo se os alunos votassem conscientemente.

Michele Gomes da Broi votou como aluna suplente de pós-graduação na Medicina, escolhendo dois nomes entre os oito candidatos que fizeram campanha. Ela, que também espera mudança no sistema eleitoral, participou de discussões com os colegas e a titular da congregação, mas garantiu que seus votos foram independentes.

O professor de Clínica Médica, Júlio Voltarelli, espera que as próximas eleições tenham participações de todos os representantes da universidade: professores, alunos e funcionários. “Deveria ser uma votação universal no primeiro turno, pois, se votamos para presidente da República, por que não votar no reitor da universidade?”, indagou Voltarelli.

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Helio Rubens Machado, do Departamento de Cirurgia, acredita que a campanha foi correta, mas discreta, e discorda de mudanças no sistema eleitoral. “O cargo de reitor não é um cargo político, como numa prefeitura, e se perderia o foco”, disse Machado.

Cristiana Padovan Ribas, técnica em laboratório, uma das três representantes dos funcionários na congregação da Medicina, aguarda mudança para que os servidores tenham mais representatividade na universidade. Ela e seus dois colegas servidores seguiram um acordo para votar nas mesmas pessoas e aumentar a representatividade da categoria.

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No segundo maior colégio eleitoral de Ribeirão Preto, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), compareceram 32 eleitores dos 35 possíveis.

Na USP de São Carlos, a eleição também foi tranquila, discreta, nas quatro faculdades: Física, Química, Matemática e Engenharia. Ninguém na instituição quis se pronunciar sobre as eleições, que teria o máximo de 136 votantes (até o final da tarde não foi informado o número de pessoas que compareceram para votar). A informação foi que tudo seria centralizado na USP, em São Paulo.