O juiz substituto da 1ª Vara Federal Criminal de Vitória, Pablo Gomes, revogou nesta quinta-feira (10) a prisão temporária de outros seis presos da Operação Titanic. Ganharam liberdade a secretária da Tag Exportação e Importação de Veículos, Gonzaga de Oliveira; Eduardo Sayeg, dono da empresa canadense Global Business, que exportava os carros para a Tag com preços subfaturados; o dono da corretora de câmbio Jorge de Oliveira, responsável pelas remessas de dólares supostamente irregulares destinadas ao pagamento dos carros; Fabiano Fonseca Furtado Mendonça (acusado de vender notas fiscais frias para o acerto da contabilidade da Tag); Moacir Alves da Silva (apontado como um dos que ajudaram Adriano Scopel a fazer registros falsos de embarcações na Capitania dos Portos e na Polícia Civil); e Orozimbo Antônio de Freitas, o Tuca, dono da F3 Cars Import, em São Paulo, o qual, segundo as investigações, fazia a encomenda de carros subfaturados à Tag.
Na quarta-feira (9), o juiz já havia liberado a contadora Aldeni Avelar Portela Silva. O juiz ainda não deu decisão nos pedidos de revogação das prisões de Ivo Junior Cassol, Alessandro Cassol Zabott – respectivamente filho e sobrinho do governador de Rondônia, Ivo Cassol; dos donos da Tag, Pedro e Adriano Scopel, respectivamente pai e filho; dos auditores da Receita Federal Alberto Oliveira da Silva (do Espírito Santo) e Edcarlos Tibúrcio Pinheiro (de Porto Velho); e de Alessandro Stockl, apontado como assessor de Adriano.
Na sexta-feira (11) vencem os cinco dias de prazo legal das prisões temporárias. Havendo manifestação do Ministério Público, o juiz poderá renová-las. No caso do ex-senador Mario Calixto Filho, a prisão decretada foi preventiva, cujo prazo é de 30 dias. Ele está recorrendo dela no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro. A Operação Titanic, da Polícia Federal (PF) do Espírito Santo, desmontou esquema de importações subfaturadas promovidos pela Tag Exportação e Importação de Veículos.