Uma revista realizada no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na manhã desta sexta-feira, 6, resultou na apreensão de um rifle calibre 32, 42 facas, 24 celulares além de um roteador de internet. Foi no Compaj que na noite do domingo, 1º, e a na madrugada da segunda-feira, 2, 56 presos foram assassinados, no que é considerado o maior massacre em cadeias brasileiras desde o Carandiru, em 1992, que deixou 111 mortos.

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Participaram da revista funcionários da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas e policiais militares. O governo do Estado informou que o procedimento é “parte do planejamento preventivo” desenvolvido por um comitê de crise que acompanha a situação do presídio. “O principal objetivo é a retirada de materiais ilícitos que poderiam ser usados para desestabilizar a unidade e promover alguma alteração”, informou a administração por nota.

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Imagens gravadas pelos próprios internos no dia do massacre mostraram que vários deles portavam armas, que podem ter sido usadas para executar rivais. Após o fim da rebelião, quatro pistolas e uma espingarda calibre 12 foram entregues pelos criminosos. A polícia buscava outras armas curtas e ao menos mais uma arma longa que aparecia nas gravações. As imagens do circuito interno de segurança da unidade e as gravações dos próprios detentos devem auxiliar a força-tarefa da Polícia Civil a identificar os presos envolvidos com as mortes.

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Além das armas, foram apreendidas 56 porções de drogas, uma balança de precisão e equipamentos como lanternas e martelos. No total, 145 participaram da operação, entre servidores da secretaria e agentes de diversos batalhões da Polícia Militar amazonense. Nesta quinta-feira, uma revista já havia ocorrido na unidade de Puraquequara, onde na segunda-feira aconteceram quatro mortes, também relacionadas a brigas de facções no Estado.