Brasília – Os três suspeitos de comprarem liminares de desembargadores para funcionamento de casas de bingo ouvidos ontem, pela Justiça Federal, entraram com habeas corpus no Tribunal Regional Federal para que sejam colocados em liberdade. Segundo seus advogados, eles querem ter o mesmo tratamento dos magistrados, que foram soltos no início da semana, por decisão da Justiça.
Aniz Abrahão David, o Anísio; Ailton Guimarães, o Capitão Guimarães, e Antonio Petrus Kalil, o Turcão, negaram envolvimento com a máfia dos jogos e com o suposto esquema de venda de liminares por desembargadores.
De acordo com o advogado de Anísio, Ubiratan Guedes, se os magistrados investigados no caso estão soltos, seu cliente tem o mesmo direito. ?Aqueles que seriam, em tese, os corrompidos e teriam a obrigação, em tese, de defender o interesse público foram soltos, porque se entendeu que não cabia a prisão. Ora, se não cabia para aqueles que são funcionários públicos, obviamente não cabem para estes que estão aqui?, disse Guedes.
Desembargador ataca
Já o desembargador federal Ricardo Regueira, preso na operação, acusou ontem a Polícia Federal e o Ministério Público Federal de procederem uma tentativa de ?desmontar o Judiciário? com a ação.