O ministro da Fazenda, Guido Mantega, continua esta semana a série de reuniões com as bancadas dos partidos na Câmara dos Deputados para discutir a proposta de reforma tributária, encaminhada há duas semanas ao Congresso e em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Na semana passada, Mantega reuniu-se com a bancada do PMDB e, na terça (18), será a vez da bancada do PT. Para o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), essas reuniões podem ajudar a ?pavimentar? as negociações em torno da reforma tributária.
?[O ministro] vai perceber quais as resistências, as dúvidas das bancadas quanto à proposta do governo. Por outro lado, será útil para que as bancadas tenham a exata dimensão do que o governo propõe?, avalia Chinaglia.
Sobre a agenda da Câmara, ele acredita ser possível votar todas as medidas provisórias que trancam a pauta da Casa ainda esta semana, mesmo com o feriado da Semana Santa. ?Prefiro que não haja obstrução porque cada medida provisória leva de sete a oito horas para ser votada com a obstrução e isso acaba nos impedindo de votar outras matérias importantes.?A Câmara começa a semana com a pauta de votações trancada por duas medidas provisórias. A primeira a ser votada é MP 385, que trata da aposentadoria por idade a agricultor eventual. Essa MP estava com a tramitação suspensa, mas volta ao Plenário para votação porque o Senado rejeitou na semana passada a MP 397, que a revogava.
Na terça-feira, passa a trancar a pauta a MP 406. Duas das três MPs tratam da abertura de crédito extraordinário para diversos ministérios e para a Presidência da República (MPs 405 e 406).
