O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou para o fim da tarde desta sexta-feira (10) um encontro com o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, com quem discutirá indicações de novos nomes para a diretoria e superintendências da estatal. Em rápida conversa com jornalistas no Quartel-General do Exército, em Brasília, Jobim informou que definirá com Gaudenzi também o cronograma de trabalho para amanhã, quando visitará os aeroportos de São Paulo, Campinas e Jundiaí.
Jobim disse ter pressa em atender à reivindicação dos passageiros no sentido de se ampliar o espaço entre as poltronas dos aviões, que as empresas aéreas vêm diminuindo, ao longo do tempo, para aumentar o número de assentos e os lucros. O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse que essa mudança no espaço interno das aeronaves é demorada, porque, por se tratar de empresas privadas, é necessário promover antes uma consulta pública. Jobim insistiu na necessidade de rapidez na decisão e disse esperar lucidez das empresas, pois se trata de uma reivindicação dos usuários.
Jobim disse ainda que a Anac tem dificuldades operacionais e vem tendo problemas na percepção de suas ações em relação à população. "Trata-se de uma questão operacional. Quero lembrar que precisamos ter agentes que transmitam segurança ao País." Questionado se defende a reformulação ou extinção da Anac, o ministro respondeu que não quer falar em tese e lembrou que as agências reguladoras surgiram quando os setores foram privatizados e que, no caso da aviação civil, as empresas já eram privadas. Enfatizou que, no seu entender, as agências têm de existir para dar segurança ao País. Na próxima segunda-feira, o ministro da Defesa se reunirá pela primeira vez com toda a diretoria da Anac para discutir um novo modelo de gestão da agência.
