Após uma série de desentendimentos entre os parlamentares a favor e contra ao projeto Escola Sem Partido, a reunião da comissão foi suspensa nesta terça-feira, 4, sem análise do projeto. O presidente da comissão, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), suspendeu o evento depois que vários parlamentares se levantaram e foram ao redor da mesa da presidência requerimentos e táticas de obstrução.

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A reunião teve início, por volta das 16h, novamente com bate-boca e confusão. Os deputados tentaram colocar em votação o texto parecer do relator, deputado Flavinho (PSC-SP), que foi lido na comissão no dia 22 de novembro. Caso os deputados a favor consigam vencer a obstrução da oposição, a perspectiva é que a votação seja concluída, com a apreciação de todos os destaques, na quinta-feira.

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Na última reunião, do dia 22, houve pedido de vista coletivo por duas sessões no Plenário da Câmara. A matéria do Escola Sem Partido é conclusiva, ou seja, pode ir direto para o Senado. A oposição, no entanto, vai tentar barrar “esse salto” por meio de requerimentos previstos no regimento da Casa.

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As sessões para discutir o projeto têm acontecido com muito bate-boca entre os presentes e parlamentares, além das tentativas de obstrução da oposição, que é contra o projeto. A deputada Erika Kokay (PT-DF), uma das principais opositoras, chegou três horas antes do início da sessão desta terça-feira para protocolar um requerimento de inversão de pauta, uma das estratégias para obstruir a votação.

O projeto é polêmico e tem promovido discussões acaloradas. Uma das críticas mais recentes ao projeto partiu do presidente nacional do DEM, ACM Neto.

“No Brasil, não existe essa coisa de que o professor está na sala de aula fazendo militância. Alguns até fazem, mas são exceções, têm que ser tratadas como exceção”, disse ACM Neto, em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador, na semana passada.