A prefeitura de Cubatão e a Defesa Civil do Estado de São Paulo iniciaram ontem a remoção de 72 famílias moradoras em áreas de risco da Serra do Mar, ao longo da Via Anchieta. Com as fortes chuvas dos últimos cinco dias, quatro pontos na encosta da serra passaram a ser considerados de risco extremo de deslizamento. Das 7h30 do dia 31 às 16h30 de segunda-feira, choveu em Cubatão 176,7 milímetros – a previsão para janeiro na cidade é de 195 milímetros.

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As novas remoções ocorrem dois anos e meio após o governo estadual congelar as ocupações nos chamados bairros-cota, localizados ao longo da serra, onde moram 7.660 famílias, segundo cadastro realizado em abril de 2007. As famílias removidas agora já eram invasoras antes de 2007, mas, por causa das recentes chuvas, os imóveis onde moram passaram a apresentar risco de desabamento. Entre 2002 e 2007, morreram 11 pessoas em deslizamentos ocorridos nas encostas da serra.

Segundo a administração municipal de Cubatão, 46 remoções vão ocorrer na região do Grotão, uma área de risco na Cota 95/100. Outras 16 casas serão derrubadas na Cota 200; 5 na Cota 95/100; 3 no Morro do Gonzaga e 2 nos Pilões. Cada família desapropriada receberá auxílio-aluguel de R$ 400 mensais, segundo a prefeitura. O benefício será pago até a conclusão das primeiras unidades habitacionais do Programa de Revitalização da Serra do Mar.

As moradias, no Jardim Casqueiro, devem ficar prontas neste ano. A entrega deveria ter sido feita até o fim de 2009, mas houve problemas jurídicos nas licitações, segundo a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Estão sendo investidos R$ 700 milhões no projeto que prevê retirar todas as famílias das encostas da serra, em área de preservação ambiental.

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