A resistência ilegal e violenta de fazendeiros na área da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, com derrubada de pontes, bloqueio de estradas e agressões a indígenas já foi debelada, de acordo com o ministro da Justiça, Tarso Genro. Segundo ele, o último reduto de contencioso mais forte, que foi a obstrução de estradas pelos indígenas, já está resolvido com a ação da Polícia Federal.

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O ministro disse que manifestações pacíficas que vêm ocorrendo agora por parte de índios e dos arrozeiros fazem parte da ordem democrática.

Essa resistência foi debelada. Manifestações que acontecem agora, de forma pacífica, fazem parte da ordem democrática, os fazendeiros e os índios se mobilizarem, apresentarem suas demandas. O que não pode ocorrer é obstrução de estradas, ataques a bens públicos, resistências a ordens policiais legítimas, e isso já faz algum tempo que não está ocorrendo mais disse o ministro depois de receber nesta terça-feira (13) manifestantes do Movimento dos Sem Universidade (MSU).

O espera que não ocorram mais atos de violência na região, mas disse que se ocorrerem o Estado de Direito, representado pela União, vai atuar, e Polícia Federal vai continuar desarmando índios e fazendeiros para manter a tranqüilidade no local.

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Para Tarso, o atraso na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as terras indígenas, em conseqüência de duas petições, uma apresentada pela Funai e outra pelo governo do estado de Roraima, é normal.

Essas petições que entraram, ele [ministro Ayres Brito, relator da ação no STF] tem obrigação processual de dar vistas Procuradoria-Geral da República, e depois da manifestação da procuradoria colocar em pauta. É um procedimento normal, que temos que compreender e manter a nossa atenção para que o território lá continue tranqüilo, disse.

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Segundo o ministro, a informação do ministro Ayres Brito é que o julgamento no STF seja adiado em mais uma semana além do prazo de 15 dias anteriormente previsto.

Sobre a prisão na semana passada do líder arrozeiro e prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, o ministro disse que o flagrante foi tecnicamente bem feito e que suas ações pregressas recomendam sua prisão preventiva, mas o Poder Judiciário é que vai apreciar jurídica e tecnicamente essa questão. Eu como ministro da Justiça, vou me cingir ao que for decidido.