Enfrentando uma seca rigorosa até mesmo para os padrões de agosto, os seis principais sistemas hídricos de São Paulo registraram perda de volume de água pelo 16º dia consecutivo, segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta segunda-feira, 17.

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Em todos os mananciais, a pluviometria acumulada ao longo deste mês é inferior ao que deveria ter chovido em apenas 24 horas, caso a média histórica estivesse se repetindo.

Considerado o principal do Estado, o Sistema Cantareira, responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, chegou a 17% da capacidade no índice que considera dois volumes mortos, tradicionalmente informado pela Sabesp. A queda em relação ao dia anterior, quando estava com 17,1%, foi de 0,1 ponto porcentual.

Em 17 dias, choveu 0,9 milímetro sobre a região do Cantareira, o que representa apenas 2,6% do volume esperado para o mês inteiro. O índice é bem inferior até ao do ano passado, considerado pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) o mais seco da história de São Paulo. Em 2014, já havia chovido 18,5 mm durante esse período.

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A última vez que o Cantareira registrou alta foi no dia 27 de julho, quando subiu de 18,8% para 18,9%. Desde que iniciou a sequência negativa, o manancial já reduziu 1,9 ponto porcentual da sua capacidade. Antes, os reservatórios que compõem o sistema já haviam passado um mês sem aumentar o nível de água represada.

No cálculo negativo, o Cantareira também caiu 0,1 ponto porcentual e está com – 12,3%. Queda semelhante foi registrada no terceiro índice do sistema, que aponta o manancial com 13,1%, contra 13,2% no dia anterior.

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Outros mananciais

Atualmente responsável por atender o maior número de habitantes de São Paulo (5,8 milhões), o Guarapiranga ainda não recebeu chuva neste mês. O manancial completou três semanas de quedas consecutivas nesta segunda.

O Guarapiranga opera com 71,2% da capacidade – 0,3 ponto porcentual a menos do que no dia anterior. Desde que iniciou o período negativo, o sistema já perdeu 5,9 pontos porcentuais da capacidade.

Em crise ainda mais severa, o Alto Tietê chegou a 15,8% do volume armazenado, já considerando 39,4 bilhões de litros de água de uma cota de volume morto. No dia anterior, o índice era de 15,9%. Essa foi a 19ª baixa seguida do manancial.

O Sistema Rio Claro foi quem sofreu a maior variação negativa, caindo 0,6 ponto porcentual. Com a baixa, o manancial passou de 65,1% para 64,5%. Já o Sistema Alto Cotia caiu 0,4 ponto, passando de 56,7% para 56,3%. Por sua vez, o Rio Grande desceu 0,3: de 84,6% para 84,3%.