Brasília – Representantes de 21 clubes do futebol paulista reuniram-se nesta terça-feira (4) com o ministro dos Esportes, Orlando Silva, e com o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), para discutir a tramitação do projeto de lei que altera a Lei Pelé, que está no Congresso desde 2005.
De acordo com o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, a Lei Pelé não garante a permanência de atletas nos seus clubes formadores, onde o jogador recebe os primeiros treinos: ?A cada dia, os jogadores saem [para o exterior] sem qualquer controle e o prejuízo é cada vez maior. Essa legislação é prejudicial a todas as entidades de futebol?.
O ministro dos Esportes disse que o principal objetivo da mudança é proteger os clubes formadores. Atualmente, um atleta com 16 anos pode assinar contrato com o clube formador por até cinco anos, mas, após três anos, ele pode ser transferido para uma equipe do exterior. Nesse caso, o clube fica apenas com uma multa pequena por quebra de contrato.
?A nossa expectativa é que o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, crie uma comissão especial para acelerar a tramitação desse projeto que vai significar melhores condições para o futebol do Brasil?, afirmou o ministro.
O projeto de lei protege o clube formador e estabelece uma relação mais equilibrada entre clubes e atletas. Segundo o ministro, o projeto também estabelece parâmetros para o clube ser considerado como formador.
?O clube formador é o que oferece condições a um jovem, como assistência escolar, médica, psicológica além do treinamento esportivo. O clube tem responsabilidades e precisa ter vantagens. Deve haver a remuneração adequada na venda desses jogadores para que haja o retorno dos investimentos feitos?, complementou Orlando Silva.