Renan não quer passar por vassalo

Brasília – Aliado estratégico do governo na eleição de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para o comando da Câmara, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não quer que essa colaboração com o Planalto seja confundida com vassalagem. Preocupado com a imagem do Legislativo, ele cobra a punição de todos os parlamentares envolvidos com o valerioduto. Critica ainda a renúncia que deverá ser usada por alguns deles para evitar a cassação e a conseqüente perda dos direitos políticos. Renan também duvida que o Supremo Tribunal Federal possa interferir em processos políticos do Legislativo. "Não há bóias de salvação para os culpados", diz o senador.

Para ele, é preciso também verificar função dos corruptores. A crise não será resolvida apenas com a punição aos corrompidos. "Algumas respostas ainda precisam ser dadas. Onde há corrompidos, há corruptores", diz Renan. Ele não acredita na possibilidade de a crise terminar em pizza, como alegam os críticos do governo e boa parte da sociedade. "Há consciência de que a única maneira de reaver o prestígio do Legislativo é punindo os culpados. É equivocado que alguns enxerguem que ainda possa haver bóias de salvação. Decorridos 121 dias de crise, quase 70 pessoas já foram ejetadas da vida pública. É o começo de uma assepsia. O Congresso, sempre que se viu obrigado a investigar, fez sua parte", afirma o presidente do Senado.

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