Na véspera da reunião do Conselho de Ética que vai tratar do segundo processo que envolve seu nome, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta terça-feira (25) estar chantageando parlamentares para conseguir se manter à frente do Senado. "Muito pelo contrário, sobretudo partindo de mim. Eu sempre tive com a Casa o melhor relacionamento, independentemente da condição partidária de cada um. Converso com todos, sou amigo de todos", afirmou.
Amanhã, o Conselho de Ética se reúne para discutir a representação de número dois contra Renan, a que trata da suposta intermediação dele para favorecer a cervejaria Schincariol junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e à Receita Federal. Além desse, Renan é alvo de outros dois processos no órgão também por suposta quebra de decoro parlamentar.
De acordo com reportagem da revista Veja, Renan teria chantageado senadores do PT para escapar da cassação no último dia 12. Ele foi absolvido do processo no qual era acusado de ter suas despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior. Renan escapou com 40 votos pela absolvição e seis abstenções. O PT foi apontado como o fiel da balança.