Renan Calheiros apresenta defesa de representação sobre “laranjas”

Brasília – O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encaminhou nesta quarta-feira (24) ao Conselho de Ética sua defesa no caso da acusação de que teria utilizado "laranjas" para adquirir veículos de comunicação em seu estado.

A representação do DEM e do PSDB tem por base reportagem publicada pela revista Veja com acusações feitas pelo ex-deputado e usineiro João Lyra, que diz ter sido sócio de Renan nesses supostas negócios.

Na defesa entregue ao relator da representação Jefferson Peres (PDT-AM), os advogados do senador, Davi de Oliveira Rios e José Fragoso Cavalcanti, solicitam que o conselho requeira à Polícia Federal a realização de perícia contábil nos documentos do Grupo João Lyra, da Empresa Editora O Jornal Ltda e da emissora de rádio Manguaba do Pilar Ltda.

A solicitação é que as perícias nestes veículos de comunicação, que teriam como um dos donos Renan Calheiros, sejam realizadas no período de 1999 a 2002. O objetivo, de acordo com os advogados, é verificar a origem dos recursos financeiros utilizados na transação comercial com os ex-proprietários Nazário Ramos Pimentel e Luiz Carlos Barreto Góes.

Os advogados do senador também requerem que o Conselho de Ética peça à Secretaria da Receita Federal auditoria nas contas bancárias do usineiro alagoano, bem como nas empresas das quais é proprietário.

As perícias, segundo os advogados, poderiam demonstrar a origem do dinheiro entregue a Nazário Pimentel quando da compra da Editora O Jornal, em 1999.

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