Relatório da CPI indica que crise aérea não causou tragédias

O relatório final da CPI do Apagão Aéreo da Câmara minimiza o peso da pista principal do aeroporto de Congonhas e o fato de o Airbus da TAM, que se acidentou no dia 17 de julho, estar com o reverso – freio localizado na turbina – direito travado. O relator Marco Maia (PT-RS) diz "conclusivamente" que não é possível relacionar a crise aérea com as tragédias da Gol e da TAM e não tem dúvidas em proclamar: "Por conta disto, também se pode afirmar, categoricamente, que voar nos céus brasileiros é plenamente seguro".

No capítulo sobre o acidente da TAM, que deixou 199 mortos, o relator aponta como "fatores presentes, mas não contribuintes" da tragédia: "as condições da pavimentação da pista principal do aeroporto; o fato de a pista principal do aeroporto se encontrar molhada e o reversor do motor direito se encontrar inoperante".

O relatório diz que "não há como isentar de responsabilidade" tanto a fabricante Airbus, por causa do sistema de automação do avião, quanto a TAM, pelo fato de os pilotos terem usado procedimentos inadequados no manuseio das manetes, marchas que devem ser acionadas na hora do pouso. As investigações mostram que a manete direita estava em posição de subida, quando deveria estar em ponto morto e depois na posição de reduzir velocidade. Afirma, no entanto, não ter condições de apontar se o acidente teve como causa principal erro humano ou falha mecânica.

Pista

Embora tenha desconsiderado as condições da pista principal como fator preponderante para o acidente do Airbus da TAM, o relator diz que "a pista do aeroporto de Congonhas tem se revelado inadequada para operação com aeronaves de grande porte nos seus limites máximos de operação".

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo