Relatório da CPI do Detran será apresentado no dia 4 de julho

A última sessão de depoimentos da CPI do Detran, nesta quinta-feira, foi esvaziada pela ausência do ex-chefe do escritório de representação do Rio Grande do Sul em Brasília, Marcelo Cavalcante. A convocação foi aprovada na segunda-feira, mas ele não foi localizado para a entrega da notificação.

No ano passado, antes da descoberta da fraude no Detran, Cavalcante recebeu uma carta do empresário Lair Ferst, na qual o remetente fazia referências ao esquema e se dizia pressionado por pessoas corruptas. A CPI queria saber porque ele não encaminhou o documento para investigações. Em entrevistas, o ex-chefe do escritório gaúcho explicou que não levou o assunto a Yeda porque Ferst não apresentou provas.

O presidente da Comissão, Fabiano Pereira (PT), acredita que houve uma articulação para esvaziar os depoimentos. Nenhum dos cinco convocados de quarta-feira compareceu. O vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas, foram convidados e também não apareceram.

O relator da CPI, Adilson Troca (PSDB), já começou a elaborar as conclusões, que deve apresentar no dia 4 de julho. O deputado trabalhará sob pressão da oposição, que seguirá pedindo o indiciamento de ex-secretários e até da governadora Yeda Crusius, citados em conversas de pessoas envolvidos na fraude.

"Queremos saber quem se omitiu, prevaricou, se beneficiou ou beneficiou alguém no esquema", destaca Pereira. Troca já adiantou que o nome da governadora não estará entre os que cometeram alguma irregularidade. A oposição poderá votar um texto em separado para encaminhar ao Ministério Público.

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