A senadora Katia Abreu (DEM-TO) deverá ser a relatora da proposta de emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), assim que a proposta chegar ao Senado. O nome da senadora da oposição, justamente do partido que fechou questão contra a renovação do chamado imposto do cheque, pode ser mais um complicador para o governo, que já não tem maioria no Senado. Para aprovar a emenda, é necessário o apoio de 49 senadores.
A expectativa é de que a emenda chegue ao Senado em outubro, segundo avaliação do líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR). O nome de Kátia Abreu, uma das representantes da bancada ruralista, já foi levado ao líder governista pelo senador Marco Maciel (DEM-PE), que preside a CCJ. Nesta quinta-feira (6), durante reunião da coordenação política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou o apelo para que emenda da CPMF seja votada com urgência e sem mudanças na Câmara.
Lula também pediu união dos partidos da base aliada. O presidente não quer que os aliados misturem a discussão da CPMF com outros projetos em tramitação, como o parcelamento da dívida dos agricultores e a regulamentação da emenda 29, que trata de recursos para o setor de saúde. Na sua avaliação, isso só dificultaria ainda mais a votação.