Relator da segunda representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador João Pedro (PT-AM) vai propor na quarta-feira ao Conselho de Ética o arquivamento da denúncia. Ele vai alegar que não existem provas de que Calheiros teria atuado na Receita Federal e no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para diminuir o valor das multas impostas à Schincariol, após a empresa ter pago R$ 27 milhões pela fábrica de refrigerante de seu irmão, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).

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Segundo a revista Veja, que publicou a reportagem, a fábrica de Calheiros estava prestes a fechar as portas e no mercado valeria no máximo, R$ 10 milhões. A Schincariol rebateu as afirmações. Um pedido de vista deve adiar a votação de seu parecer para a semana que vem.

Acuado pela repercussão negativa contra o PT – responsabilizado pela absolvição do senador por suposta quebra de decoro parlamentar – João Pedro chegou nesta segunda-feira (17) a encenar um recuo no seu parecer. Ele passou aos colegas de partido, senadores Tião Viana e Siba Machado, ambos do Acre, a impressão de que ainda estava em dúvida quanto a seu voto. Mas o gesto não deve ser concretizado. Orientado por assessores, ele deve no máximo sugerir o envio da denúncia ao Conselho de Ética da Câmara para que investigue a situação do deputado Olavo Calheiros.

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