Relator da CPI pede esforço conjunto contra crise aérea

Uma saída para a crise aérea no Brasil passa necessariamente por um empenho conjunto do setor público e privado, defendeu nesta sexta-feira (6) o deputado Marco Maia (PT-RS), relator da CPI do Apagão Aéreo. Ele participou do comitê estratégico de Conjuntura Política, na Câmara Americana de Comércio (Amcham-São Paulo).

Ele anunciou que foram investidos cerca de R$ 500 milhões no sistema de controle do espaço aéreo no ano passado e a expectativa para 2007 é que se invista mais R$ 600 milhões. Maia disse que segundo Aeronáutica, os recursos são suficientes e explicou: "Os R$ 600 milhões serão suficientes para dar continuidade ao processo de modernização do espaço aéreo brasileiro. Temos que buscar um modelo que possa garantir o crescimento e desenvolvimento econômico do Pais, dialogando com a iniciativa privada".

Maia disse que é preciso ter um novo marco regulatório para o setor, que possa articular um processo de abertura dos aeroportos para a iniciativa privada. Mas, ele defendeu que para garantir o crescimento e desenvolvimento do País de forma articulada, os aeroportos devem ser mantidos por recursos públicos, não privados.

Ele disse ainda que a maior participação das companhias aéreas no processo de modernização dos aeroportos, se daria na construção de terminais nos aeroportos e em Parcerias-Público-Privada (PPPs) para execução de obras que são importantes para a melhoria da infra-estrutura aeroportuária. "Deve haver um mix entre a participação pública e a iniciativa privada", disse.

Maia entende que a malha aérea brasileira tem crescido muito no País, mas ela ainda é muito concentrada em horários do pico. "É preciso espalhar a malha aérea para dar outras oportunidades em horários diferentes. Os vôos de conexão, isso talvez possa ser um dos instrumentos que teremos para auxiliar na superação dessa crise que nos vivemos".

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