Um dia depois de dizer que tinha elementos para pedir o indiciamento da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o relator da CPI do Apagão Aéreo da Câmara, Marco Maia (PT-RS), encontrou um caminho regimental para adiar a leitura do relatório final desta quarta-feira (19) para a terça-feira (25). Com isso, ganhou tempo para negociar com os governistas da CPI o teor do ponto mais polêmico: os erros da agência na regulação e fiscalização do setor aéreo e o recurso judicial que conseguiu a liberação da pista de Congonhas para grandes aviões, em 22 de fevereiro deste ano.
Pressionado pelos companheiros petistas, que não querem o indiciamento de Denise, de um lado, e pelos oposicionistas, que insistem na responsabilização da ex-diretora e do presidente da agência, Milton Zuanazzi, de outro, Marco Maia não conseguiu concluir o relatório. Na terça-feira, ele foi criticado pelo oposição, que considerou "chapa branca" a primeira parte do relatório final, lida em plenário. Em vez da leitura da segunda parte do relatório, amanhã a sessão será apenas para apresentação do trabalho de uma subcomissão, encarregada de elaborar propostas da uma nova lei de aviação civil.
