Desde 2012, a relação entre o PCC e CV piorou e a facção paulista se aliou à ADA no comando do tráfico na favela da Rocinha. Nas conversas interceptadas na investigação do MP-SP, os promotores já haviam flagrado um diálogo entre as lideranças do PCC e Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, principal liderança da ADA.

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No dia 24 de setembro de 2010, em uma conferência por telefone, pelo PCC falam Soriano e Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, com Nem da Rocinha. Após ser chamado por um interlocutor, o traficante carioca entra na conversa: “pode falar, que é eu (sic) que estou falando”. Soriano conta que até 2005, o PCC manteve uma aliança com o Comando Vermelho e “por causa de uma divergência de ideias aí entres os integrantes daí com os daqui e tiveram que quebrar a corrente.”

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Por sua vez, Gegê do Mangue pergunta a Nem como está a situação com o CV. Nem fala que não tem problema nenhum com eles e que “de vez em quando fala com eles”. Por fim, os traficante paulistas informam a Nem que irão mandar um “irmão” de confiança para ir até o Rio “trocar umas ideias”. Para os investigadores, esse foi o início da relação entre o PCC e ADA que resultou na divisão do comando do tráfico de drogas na favela da Rocinha.