Terminou sem acordo uma reunião realizada ontem pela reitora da Universidade de São Paulo (USP), Suely Vilela, e uma comissão de funcionários, estudantes e um professor para discutir a saída da Polícia Militar da Cidade Universitária. Suely afirmou que não haverá negociação enquanto manifestantes continuarem tentando impedir o acesso de funcionários a prédios da universidade. Policiais voltaram ontem ao câmpus para vigiar a entrada da reitoria e de outras instalações.
“Ela nos falou que ou a gente saía da frente da reitoria, e aí ela tiraria a polícia, ou não haveria negociação, e em seguida encerrou a reunião”, disse a aluna de Fonoaudiologia e integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Débora Manzano, de 22 anos. O impasse na USP começou no dia 25, quando funcionários, em greve há quase um mês, e estudantes ocuparam a reitoria e outros prédios. Em nota divulgada na noite de ontem, a reitoria informou que reconhece o direito de greve, “mas não pode ser omissa quanto à realização de piquetes que obstruam o acesso aos prédios, cuja realização é ilegal.”
O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) também divulgou nota informando que os reitores das Universidades Estaduais de Campinas (Unicamp) e Paulista (Unesp) apoiam a medida judicial tomada por Suely, que pediu o apoio da PM para restabelecer o acesso a prédios bloqueados “mediante o uso da força e do constrangimento”. O comando de greve cancelou o “trancaço” programado para esta manhã para fechar a entrada principal do câmpus. Às 15 horas, haverá ato em frente à Fuvest contra a graduação a distância criada recentemente pela USP.