Apesar de ter diminuído de intensidade em relação ao fim do ano passado, a chuva continua causando estragos em Minas Gerais. A região mais afetada é o Sul, próximo à divisa com São Paulo. No entanto, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) mantém alerta para a possibilidade de novos temporais também em outras regiões como a Zona da Mata, na divisa com o Rio de Janeiro, o Triângulo Mineiro e o Leste do Estado.
Ontem, os maiores problemas foram registrados em Itamonte, onde vários bairros foram inundados depois que o rio Capivari transbordou. Segundo a Cedec, cerca de 5 mil pessoas foram afetadas, sendo que pelo menos 100 tiveram que deixar suas casas. Aproximadamente 20 barreiras também caíram sobre a BR-354, que dá acesso ao município e foi interditada nos dois sentidos, mas alguns trechos já foram liberados.
O transbordamento do Capivari também afetou moradores de Itanhandu e cerca de uma centena de habitantes teve que deixar as residências. Um deslizamento de terra também interditou a MG-158, que liga a região ao Vale do Paraíba, em São Paulo. Além disso, a chuva ainda causou transtornos em Alagoa e Carvalhos, ambas também no Sul do Estado, por causa dos transbordamentos dos rios Franceses e Aiuruoca e do ribeirão Vermelho.
A água invadiu áreas urbanas e isolou comunidades rurais, mas os prejuízos ainda estão sendo contabilizados. Desde outubro, quando teve início o período chuvoso, 66 municípios decretaram situação de emergência em Minas, sendo que a maioria dos decretos ainda está em análise e apenas dois foram reconhecidos pelo Estado. No mesmo período, 16 pessoas morreram, 70 ficaram feridos, 14,3 mil foram desalojados e 2,1 mil ficaram desabrigados.