O projeto de reforma da Polícia Civil de São Paulo prevê o agrupamento de equipes de delegados, escrivães e investigadores de distritos e delegacias especializadas nas cidades com mais de um Distrito Policial (DP). A ação vai diminuir o total de prédios da Polícia Civil em funcionamento no interior. O objetivo também é melhorar a investigação e o atendimento ao público. As pequenas cidades, com apenas uma delegacia, vão permanecer com a mesma estrutura.
A mudança na gestão do trabalho em delegacias, que no governo é chamada de “reengenharia” e já está sendo aplicada em nove cidades do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 9 (Deinter 9), na região de Piracicaba, é o eixo principal da reforma na Polícia Civil proposta pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). “O objetivo é mudar a cultura atual de trabalho dos policiais civis, que hoje priorizam o registro de boletins de ocorrência e os procedimentos em cartório, restando pouco tempo para a investigação. A investigação deve ser o foco”, explica o assessor especial da SSP, Valdir Assef.
Há ainda duas mudanças importantes no horizonte. A primeira é a reestruturação da carreira do policial civil, que passará de 14 para 7 cargos (delegado, investigador, escrivão, perito, médico legista, agente de polícia e agente de perícia). Também será estabelecido um teto para a permanência do delegado classe especial no cargo mais alto da corporação. O objetivo é acelerar a promoção dos delegados.
Finalmente, em uma terceira frente, a polícia vai investir na reforma dos prédios das delegacias. Para tanto, criou-se uma comissão para estudar os pedidos de reformas em distritos. A SSP já recebeu solicitações de 168 delegacias. Os casos serão estudados e novas demandas serão recebidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.